sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Sobre querer estar só por um momento...

Um dia em mim é o que me peço.




Não quero uma viagem louca, nem mesmo a serenidade inteira.

Não quero um mês de paz, ou uma semana de quietude.

Não quero o julgamento tolo, as palavras secas.



Como em quinze, durmo quarenta e cinco, porque o cansaço é de dias.

Entro e saio, bato o cartão, e marco o ponto, eu só corro.

Sem sentido flui rápida, vai embora, eu não a sinto.

Minha vida é vazia com o que faço dela.



Meu coração me pede adrenalina, minha mente quer estímulos.

Desanimo ao saber que todos os dias estão sendo iguais.

Mal penso, mal estudo, aqui mal me seduzo.

Não me estimulo. Não mais. Não.

Nem sei o que é saber isso.

Como posso ser eu

Assim tão sem

Sentido.



Que o dinheiro no fim do mês não compensa a insatisfação pessoal.

Que eu entendo o que significa ser overqualified para determinada função.

Que eu sinto o emburrecer abraçando forte.

Que determinada convivência me irrita.

Que o fingir me enoja.

E... Para quê?

Que estou.

Sozinha.

E só.



Um dia em mim é o que me peço.



Um.

Dia.



Só.



1.

1.

1.

1.

1.



















Monte.



Lorena Iara Marques Garcia Francisquini
25/02/2011